Salvador – primeiras impressões: recepção ao turista, transporte e segurança
Estivemos em Salvador pela primeira vez, agora no fim de outubro. O Luciano foi participar de um concurso público e aproveitamos para conhecer a cidade. Como a prova foi na manhã de domingo, compramos a ida para sexta à noite e o retorno para segunda à noite, assim teríamos o sábado inteiro, a tarde/noite de domingo e a manhã/início de tarde da segunda.
Achamos Salvador muito parecida com o Rio de Janeiro, claro que em suas devidas proporções. O Rio de Janeiro é mais bonito, não há como negar, mas o calor e o jeito descontraído das pessoas lembram muito a Cidade Maravilhosa. Uma dica importante: roupas bem leves pra aguentar o calor!
Salvador é uma cidade bem grande, com mais de 3 milhões de habitantes, e logo na chegada deu para sentir as consequências da aglomeração urbana. Conseguimos adiantar nosso voo e chegamos às 18 horas da sexta, bem na hora do rush. Como já tínhamos sido alertados quanto ao preço dos táxis, procuramos nos informar quanto a meios alternativos de chegar a Ondina, onde ficava nosso hotel. Pesquisando encontramos uma informação em um site governamental informando o início da operação de uma linha executiva que pararia em pontos estratégicos da cidade (no nosso hotel, inclusive). Saindo do portão de desembarque, fomos diretamente ao balcão de informações turísticas perguntar onde era o ponto do tal ônibus. A pessoa que nos atendeu informou que esse ônibus não operava mais. A única alternativa foi pegar um táxi, já que as linhas de ônibus que operavam ali eram regulares (sem bagageiro nem ar-condicionado) e estávamos com malas e mochilas. O aeroporto fica a mais ou menos 30km de Ondina, ou seja, muito longe! O táxi nos cobrou R$ 107,30 por essa corrida (preço de tabela). O trânsito estava péssimo, muito ruim mesmo, e levamos cerca de 1:30h para chegar ao hotel.
Aqui vale um registro. O atendimento nesse quiosque foi péssimo. A moça que nos atendeu mal nos olhou e não nos indicou um meio alternativo de chegar ao hotel. Não havia nenhum tipo de mapa, guia turístico, folheto informativo… Absolutamente nada no balcão. Ficamos meio vendidos e tivemos de apelar pro táxi com preço tabelado.
O transporte não é ruim apenas a partir do aeroporto. Não nos aventuramos em pegar ônibus pois nosso amigo local recomendou que evitássemos. E os ônibus que víamos estavam quase sempre lotados. Uma das maiores reclamações do povo era a falta de metrô, cujas obras já duram 13 anos e ainda não há uma estação inaugurada. Realmente um transporte público melhor faz falta na cidade.
Acabamos usando táxis mesmo, mas os comuns. Evite aqueles da porta do hotel pois são bem mais caros. Não tivemos nenhuma dificuldade para encontrar carros disponíveis. Achamos o preço inferior ao de São Paulo mas há veículos mais velhos e os motoristas dirigem como malucos, buzinando e esbravejando (qualquer semelhança com o Rio de Janeiro não será mera coincidência).
Na volta, utilizamos um serviço de transfer privado indicado por um amigo. Custou-nos 60 reais o trajeto hotel – aeroporto. A diferença de preço é enorme e vale a pena entrar em contato. Utilizamos o serviço do Beto, telefone (71) 9114-5279. Ele chegou pontualmente ao hotel e é muito gente boa.
Escolhemos o Hotel Othon para nossa estadia por dois motivos: primeiro, por ser muito perto do local onde o Luciano ia fazer a prova e, segundo, porque um amigo nos recomendou em razão da localização. Faremos um review do hotel em um outro post, mas dá para adiantar que o hotel realmente é bem localizado, mas é um pouco antigo. Se encontrar um bom preço, fique nele!
Uma questão que muito nos preocupava era a segurança, porque conhecemos vários casos de assaltos em Salvador. Fomos preparados para evitar problemas e andávamos meio inseguros (o que de certa forma é irônico, considerando sermos cariocas). Mas nos pontos turísticos há muitos policiais, guardas municipais e, as vezes, seguranças privados, principalmente no Pelourinho. Na região do hotel, especialmente na direção da praia da Barra, não havia quase ninguém andando na rua à noite e isso acabou fazendo com que não explorássemos melhor a região, muito embora o pessoal do hotel tenha nos dito que era seguro caminhar por ali. No fim das contas, não vimos ninguém sendo assaltado e nem tivemos problemas de qualquer tipo.
Sentimos um pouco de dificuldade nos pontos turísticos. Quando fomos ao Pelourinho, por exemplo, custamos a achar um mapa para nos auxiliar no percurso pelo bairro. Perguntávamos às pessoas e mesmo a policiais e ninguém sabia onde era o centro de informações turísticas. Custamos, mas achamos e o mapa fez total diferença para o passeio! Os ambulantes não chegaram a ser um problema também. Bastava dizer “não, muito obrigado” e quase todos desistiam. Um ou outro insistia um pouco mais, mas aí bastava ignorá-los.
Só pra constar, o Centro de Informações fica no Terreiro de Jesus, lado oposto ao da H Stern. O endereço certinho é Rua Maciel de Cima, esquina com Rua das Laranjeiras.
De forma geral, nossa impressão da cidade foi positiva e temos vontade de voltar com mais tempo para explorar melhor o lugar, mas achamos que a cidade ainda precisa se estruturar um pouco melhor para os turistas, especialmente se comparada com Fortaleza e Aracaju.
______
Nos siga no Twitter: @blogviagemadois
Instagram: @blogviagemadois
Facebook: https://www.facebook.com/ViagemADois
E assine nossa newsletter aqui.
Olá, Rachel
Tudo bem?
Gostei do texto. Uma pena que você teve alguns contratempos. Da próxima vez que estiverem em Salvador, me convidem, faço questão de mostrar alguns pontos interessantes do Centro histórico da cidade. Que provavelmente, vocês não devem ter visto, ou deve ter passado despercebido.
Forte abraço!
Att,
Cidilan da Apresentação
Oi Cidilan, tudo bem sim e você? Nós conhecemos o centro histórico sim e gostamos muito! Tudo muito lindo e organizado. Alias, vamos falar dele nos próximos post! 🙂 Na próxima ida, entramos em contato. Abraços
Opa, Rachel!
Tudo ótimo por aqui! =) Ficarei de olho, visto a paixão que tenho por essa cidade.
Ficarei no aguardo, hein!? Será um prazer poder mostrar um pouco do que a nossa capital soteropolitana tem a oferecer!
Forte abraço!
Oi, Rachel. Eu fiquei no Othon também e adorei o café da manhã. O preço é bem em conta e a localidade é boa. Quando voltei de Morro de SP, fiquei em Salvador apenas 3 noites e confesso que eu achei a cidade um pouco perigosa. No Pelourinho, domingo, estava deserto, apesar de bem policiado. Um assalto havia ocorrido minutos antes de eu chegar no Farol da Barra. E ao chegar no hotel, no final deste mesmo domingo, havia uma turista que foi assaltada enquanto caminhava próximo ao Othon. Acabou que fiz todos os pontos turísticos de táxi e preferi não andar de ônibus. Conheci a Praia do Forte e gostei muito. É bem legal lá. Itaparica eu já conhecia. Outro lugar que a violência está aumentando. Há uns 30 anos, era o local onde os baianos de Salvador tinha casa de praia. Hoje o lugar não é mais bonito como antes. Digo isto porque conheço, pois minha mãe é de lá. Já Salvador não me deixou saudade. Voltei em outra oportunidade pra ficar na casa de um amigo durante a Copa das Confederações e ele me disse que anda com bastante cuidado com a família a pé e principalmente de carro. Achei a cidade suja e com arquitetura feia. É prédio bonito do lado de prédios velhos. Fora o engarrafamento, devido a não ter metrô. É um lugar que eu não posso falar que detestei, pois amo viajar. Mas não me deixou saudades pra voltar e explorar mais.
Aline, acredito que Salvador é aquele tipo de cidade que ou vc ama ou não curte.. ehehe! Mas uma coisa não podemos negar, precisa e MUITO, melhorar em todos os sentidos se quiser se consolidar como uma cidade turística. Sem dúvida, foi uma das mais má preparadas que já fomos. Mas ainda há esperança, vamos torcer pra que ano que vem, pelo menos, haja um investimento e a situação melhore! Obrigada por contribuir com o seu relato aqui! 😉
Estava um pouco apreensiva antes de ler seu post sobre SSA porque sei dos diversos problemas da cidade, por ter nascido e vivido durante 28 anos lá. Muito me entristece ver que os serviços num dos maiores destinos turísticos do país não são nada bons. Pelo visto, você teve uma boa estadia na minha cidade, mas se tiver a oportunidade de visitar Salvador com um local, verá que há muita coisa legal para se fazer. Infelizmente não há investimento em transporte público nem em turismo. Entretanto a Bahia tem uma magia diferente, uma história muito rica e que jamais será apagada. Só precisamos que os governantes e a população trabalhe conjuntamente para receber melhor os turistas. Da próxima vez, estenda o passeio até o Litoral Norte e vá conhecer a Praia do Forte – é muito legal! =)
Foi no Othon que fiquei e na frente dele que quase fui assaltada em Salvador. Foi por pouco. Não dá para andar a pé naquela região da frente do hotell. Fui agora na páscoa (abril). Achei Salvador muito perigosa. Mesmo no Pelourinho com tanta polícia, não pode dar bobeira. Tanto é que nem quis mais ficar por lá. Um dia fui para a Praia do Forte e no outro para Morro de São Paulo. Achei a cidade linda, mas só pretendo voltar para pegar o catamarã para Morro.
Fernanda, que situação! Da última vez que fomos (março) não tivemos maiores problemas. Nós também nos sentimos inseguros quando vamos lá mas tentamos ficar espertos.