Roteiro de 3 dias em Amsterdam

Quando decidimos viajar para a Turquia aproveitamos para fazer um stopover em Amsterdam. Como só tínhamos dois dias e meio na cidade, foi preciso elaborar um roteiro bem enxuto. Tentamos focar no essencial e, por isso, muitas coisas tiveram que ficar de fora. Se você tiver pouco tempo como nós, esperamos que esse roteiro de 3 dias em Amsterdam seja útil para você.

Em nosso primeiro dia, tomamos café na estação de trem (bem ao lado do hotel em que nos hospedamos veja mais em “Onde se hospedar em Amsterdam“). Depois passamos no stand do I Amsterdam Card para pegar nossos cartões (veja nosso post “Vale a pena comprar o I Amsterdam Card?”) e começar nosso passeio pela cidade. Tomamos o bonde nº 5 e fomos diretamente para a Museumplein, rumo ao Museu Van Gogh.

• PRIMEIRO DIA

Museu Van Gogh

O Museu Van Gogh é um dos pontos turísticos mais importantes de Amsterdã. Como o próprio nome sugere, o local se destina a celebrar a obra de um dos maiores artistas de todos os tempos, orgulho da Holanda.

A fila para comprar ingressos estava bem grande, mas não precisamos encará-la porque ganhamos uma cortesia. A entrada do museu é um grande hall onde funciona uma lojinha e um depósito para bolsas e casacos. Lá também é possível alugar um audioguia para aproveitar mais do museu.

Infelizmente não tínhamos muito tempo para explorar o museu porque nem todos do nosso grupo quiseram visita-lo. Para ver com calma é preciso, no mínimo uma manhã ou tarde. Nós tivemos que ver tudo em duas horas. Focamos, então, nas obras que mais nos interessavam.

O museu é bem grande. E é muito estranho ver ao vivo aquelas obras que normalmente só vemos pela internet ou quando alguma exposição acontece no Brasil. Não sei como vocês lidam com isso, mas nós ficamos meio bobos olhando para aquelas obras e pensando: elas existem mesmo! Infelizmente não é possível tirar fotos.

Um detalhe que nos chamou atenção é que a lojinha do museu não é muito cara. A Rachel, por exemplo, comprou uma case para o celular dela por 10 euros. A capinha é linda, com uma das pinturas de Van Gogh. Vale a pena dar uma olhada.

Por fim, demos a sorte de encontrar uma exposição temporária em que se comparavam as obras de Edvard Munch e Van Gogh. Graças a isso pudemos ver a famosa obra “O Grito”.

A fila para comprar os ingressos

O museu visto de fora

A parte interna, com a lojinha ao fundo.

Site: https://www.vangoghmuseum.nl/en

Endereço: Museumplein 6, Amsterdam

Horário: todos os dias de 9h às 18h, exceto às sextas quando abre até 22h.

Ingresso: 17 euros, mas incluído no IAmsterdam Card. Pode comprar online.

Almoço

Para não perder tempo nosso almoço foi em uma das barracas de fastfood que ficam ao lado da loja do Museu Van Gogh. Comemos um hambúrguer mesmo e continuamos o passeio.

I Amsterdam Sign

Essas atrações (Museu do Van Gogh, I Amsterdam Sign e o Rijksmuseum) ficam todas em um mesmo ponto da cidade: a Museumplein, uma imensa e linda praça. Você pode passar o dia todo aqui, visitando alguns dos principais pontos de interesse da cidade, praticamente juntos. Esse letreiro é muito famoso! Você provavelmente já deve ter visto a foto de alguém por aqui. O que ninguém te conta é que o lugar é muito cheio e o letreiro super difícil de enquadrar em uma câmera! hahaha!! Passamos super rápido por ali, só para (tentar) garantir uma foto.  🙂

LOTADO! =P

Rijksmuseum

O Rijksmuseum também fica na Museumplein, logo atrás do I Amsterdam sign. O foco do museu é a arte holandesa. As salas são organizadas de forma cronológica, sendo possível ter contato com obras da Idade Média até a contemporaneidade. Se você tiver mais tempo na cidade, vale passar uma tarde pelo museu para poder ter um panorama da arte holandesa. Além disso, o hall de entrada do museu tem um café, loja de presentes e sanitários. Como essa área é de acesso livre, é uma boa opção para quem estiver precisando fazer xixi ou até mesmo descansar em lugar quente (no inverno). Há bancos espalhados pelo hall também! Ah, um detalhe importante e super interessante é que o museu tem wifi grátis também!

Nossa visita também não foi muito demorada porque parte do nosso grupo não quis visitá-lo. Mas o museu é bem interessante e conta com muitas obras mundialmente famosas. A nossa parte preferida, como sempre, foi a da arte do período do Renascimento. Esses ingressos também foram cortesia.

O ingresso

Uma das salas

Ficamos horas vendo cada detalhe desse vitral

O Museu pelo lado de fora

Site: https://www.rijksmuseum.nl/en

Endereço: Museumstraat 1, Amsterdam

Horário: todos os dias de 9h às 17h.

Ingresso: 17,50 euros. Pode comprar online.

Bloemenmarkt (Mercado de Flores)

Terminado nosso passeio pelo museu, fomos caminhando até o Mercado de Flores. No percurso passamos por uma mini-orquestra tocando na rua e tiramos muitas fotos das paisagens maravilhosas dos canais, até chegarmos ao mercado de flores.

Neste mercado, como o próprio nome já diz, vendem-se plantas e itens relacionados ao cultivo, como sementes, vasos e ferramentas. Para além disso é possível adquirir sementes de maconha e diversos produtos à base da erva, como pirulitos e doces. Mas antes de comprar lembre-se que não é permitido trazer estes produtos para o Brasil.

Também entramos em uma loja de queijos e experimentamos vários queijinhos temperados!

Cidade linda, né?

Endereço: Singel 600 a 630

Horário: Segunda a sexta, de 8:30h às19h. Sábados e domingos, de 8:30h às 19:30h.

Jantar

Nosso jantar foi em um simpático restaurante que encontramos por acaso, próximo a praça Dam. Pertence ao hotel Roode Leeuw. Por 27,50 euros você podia escolher um prato principal e uma entrada ou sobremesa. O refrigerante custava 2,75 euros. Fomos atendidos por um simpaticíssimo garçom português que ajudou em muito na escolha dos pratos. A comida era bem gostosa e tinha um perfil mais gourmet. Era aniversário da mãe da Rachel e foi ótimo ter um jantar mais especial nesse dia.

Pratos super chiques

E cada detalhe tava maravilhoso

Peixe e camarão

Sobremesa de chocolate

E essa tinha pera

Site: http://www.restaurantderoodeleeuw.nl/en/

Endereço: Damrak 93/94

Red Light District

Depois do jantar fomos ao Red Light District (Distrito da Luz Vermelha), talvez o bairro mais famoso de Amsterdã. É aqui que ficam as famosas vitrines onde as garotas de programa oferecem seus serviços. Não tiramos fotos porque lemos que não era recomendável. É exatamente como falam: são centenas, quiçá milhares de vitrines onde as mulheres ficam se exibindo em trajes minúsculos. Os clientes entram e negociam o preço do serviço. Se houver acordo, a cortina é fechada, Caso contrário a pessoa sai e aguarda-se o próximo interessado.Confessamos que não nos sentimos muito confortáveis andando por ali. Talvez porque não lidemos com o sexo de forma tão natural quanto os holandeses.

Uma curiosidade: passamos em frente a um teatro pornô e havia uma fila imensa de senhores e senhoras orientais aguardando o início do espetáculo! De lá fomos caminhando até o hotel, já exaustos pelo longo dia.

• SEGUNDO DIA

Passeio de barco pelos canais

Nosso segundo dia amanheceu com muita neblina, o que nos desanimou. Mas, felizmente, enquanto tomávamos café o sol foi se abrindo e a neblina se dissipou. Com isso decidimos começar o dia fazendo um passeio de barco pelos canais de Amsterdã. O passeio estava incluído no IAmsterdam Card e optamos pela Grayline. O píer fica logo no começo da Damrak, bem perto do hotel.

Para além da beleza dos canais em si, o passeio ainda passa por alguns dos principais edifícios de Amsterdã, como a Ópera, o Hermitage, os prédios dançantes e pelas sete pontes. O condutor do barco fala em inglês mas também há opção de audioguia em português de portugal. O que facilitou bastante, principalmente para entender um pouco mais sobre a cidade e suas curiosidades. O passeio durou cerca de uma hora. Achamos que vale a pena não só p0r ter informações em português mas porque também foi bem interessante ver a cidade de outra perspectiva.

O valor do passeio é de 19 euros, caso não compre o IAmsterdam Card.

Como era o barco por dentro

Amsterdam de dentro do barco

As opções de áudio

Outra perspectiva da cidade

Sinagoga Portuguesa

Terminado nosso passeio pelos canais, fomos até a Sinagoga Portuguesa. O prédio foi construído no século XVII para servir à comunidade sefardita, fugida da perseguição religiosa em Portugal e Espanha. A sinagoga ainda funciona atendendo à comunidade hebraica de Amsterdã. O passeio é bem curto, levamos cerca de uma hora para ver tudo, sem correr. Há uma parte como se fosse um museu, com alguns artefatos antigos e há também um templo.

O ingresso estava incluído no IAmsterdam Card e são fornecidos audioguias. Para os homens é obrigatório usar o quipá.

Luciano com o quipá

A parte mais histórica

O áudio guia

Dentro da sinagoga

Detalhes

Mais alguns detalhes

Site: http://www.portugesesynagoge.nl/eng

Endereço: Mr. Visserplein 3

Horários: consulte o site. Fecha aos sábados.

Ingressos: 15 euros.

Almoço

Almoçamos em um pequeno restaurante argentino, bem próximo da Sinagoga Portuguesa. Foi bem barato, mas não era nada demais. Infelizmente não anotamos porque nesse momento estávamos com bastante fome. =P Mas ali pela área tem bastante opção de comida barata. Vale a pena dar uma investigada.

Casa de Anne Frank

Depois do almoço fomos para a Casa de Anne Frank. Nossos amigos compraram os ingressos no stand do I Amsterdam Card na manhã anterior e demos sorte por ainda ter horários disponíveis. Os horários eram super restritos, mas pelo menos conseguiríamos ir! Em alta temporada é bem difícil de conseguir ingressos assim, em cima da hora. Recomendamos que você compre com bastante antecedência para não correr o risco de não conseguir fazer a visita. Ganhamos cortesia nos ingressos aqui também.

Queríamos ir lá por causa do livro. A Rachel leu o livro no mês do nosso embarque e foi uma experiência bem legal. Se você quiser e puder ler, pode ter certeza que sua visita ficará ainda mais incrível. Foi bem emocionante, especialmente para a Rachel porque ela ia lembrando de alguns trechos do livro, trazendo tudo pra “realidade”. Ver todos aqueles lugares mencionados no diário e tentar entender o terror pelo qual aquela menina passou chega a ser pesado. Se você nos perguntasse qual é o lugar que quem visita Amsterdam não pode deixar de conhecer, diremos que é a Casa de Anne Frank.

Um detalhe é que o museu estava lotado. Como você visita a casa fazendo tipo um circuito, chegamos ao ponto de ficarmos presos em alguns cômodos devido a lotação. Não sei se existe algum horário menos cheio, que deve ser melhor pra visitar, mas ainda assim, lotado, vale MUITO a pena!

Não pode tirar nenhuma foto dentro do museu, infelizmente.

A estátua de Anne Frank que fica do lado de fora do museu

Tamanho da fila pra entrar no museu

A porta da casa

Site: http://www.annefrank.org/pt/

Endereço: Prinsengracht, nºs 263-267

Ingresso: 9,50 euros (comprando online)

Horário: Normalmente de 9:30h às 21:30h, podendo variar em feriados. Fecha no dia do Yom Kipur.

Winkel 43

Saindo da casa de Anne Frank, fomos ao Winkel 43 provar a famosa torta de maçã holandesa. Perfeito para descansar um pouco as pernas depois de andar o dia todo. A torta daqui foi uma das melhores coisas que comemos nessa viagem! Anotem essa dica e não deixem de conferir. Sem dúvidas, um ponto alto. Aproveitamos para agradecer a super dica do Ducs Amsterdam.

Além de deliciosa, não é linda?

Site: http://www.winkel43.nl/

Endereço: Noordermarkt 43

Dam Square

Após nosso café da tarde, fomos andar pela região da praça Dam. O imponente prédio da foto é o Palácio Real de Amsterdã, construído no século XVII.

A van estragando a foto.. =/

Aproveitamos para olhar um pouco o comércio, ver um dos cafés de Amsterdã onde se consome maconha e provar a famosa batata frita holandesa. Lemos em alguns lugares sobre a um lugar famoso pelas fritas e fomos atrás dele. Fica na Voetboogstraat 33. Valeu a pena cada passo, centavo e caloria. Se você é fanático por batatas fritas como nós, dê uma paradinha por lá e escolha um dos muitos molhos. Só não vale ficar no catchup, igual a Rachel.

Anotem esse endereço!

Deliciosa!!

Cansados tomamos o rumo do hotel, caminhando sem pressa e aproveitando para observar todo o movimento. Aproveitamos que nosso hotel era do lado da estação de trem e compramos logo nossa passagem para o aeroporto para o dia seguinte. Inclusive, já tem post aqui no blog com dicas de “Como ir para o aeroporto de Amsterdam de trem“.

• TERCEIRO DIA

Vondelpark

            Nosso terceiro dia em Amsterdã se resumia a uma manhã. Fomos, então, conhecer o Vondelpark. Fazia frio, mas o sol atraia diversos ciclistas, corredores e caminhantes. O parque é belíssimo e as cores do outono faziam um cenário perfeito. As fotos falam por si só. O parque fica um pouco longe e fora do burburinho turístico mas vale a pena, principalmente em dias ensolarados.

O lugar é incrível

Tranquilidade

No outono o parque ficou ainda mais bonito

Depois voltamos à Praça Dam para vê-la à luz do dia. Nosso hotel ficava bem pertinho e voltamos caminhando para fazer o check-out e nos despedir da Holanda.

Dam à luz do sol

Rachel na praça

Caso você ainda tenha tempo para aproveitar Amsterdam, tem bastante atração para ser incluída no roteiro como a Casa de Rembrandt, Museu Hermitage, Heineken Experience, um bar de gelo.. enfim, não vão faltar atrações para você visitar na cidade. Veja todos os nossos post de Amsterdam aqui.

Nossa próxima parada é Istambul na Turquia, mas isso já é papo para um outro post! 🙂

Agrademos a cortesia dos ingressos no Museu da Anne Frank, Museu do Van Gogh e Rijksmuseum.

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